quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Exército bloqueia acessos ao CAB e impede retorno de PMs para Assembleia

Local só pode ser acessado por profissionais de imprensa devidamente identificados.


Os acessos ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) estão bloqueados na tarde desta quarta-feira (8). O efetivo de 1.038 policiais (PM, Força Nacional e Exército) mantém a segurança no local, que só pode ser acessado por profissionais de imprensa devidamente identificados.

Desde a manhã de hoje, a entrada de pessoas com comida e medicamentos está proibida. O porta-voz do comando da VI Região Militar, tenente-coronel Márcio Cunha, informou que o comando de operações tem condições plenas de atender qualquer manifestante com necessidade de atendimento médico do lado de fora da Assembleia Legislativa.

Há uma ambulância UTI posicionada e os grevistas que saírem da Assembleia poderão se alimentar e ser medicados, mas não poderão retornar ao prédio.

Também na manhã de hoje, dois helicópteros do Exército pousaram no CAB após fazer sobrevoos. A chegada de um grupo de policiais da Força Nacional aumentou a instabilidade nas negociações. A luz do havia sido cortada ontem por volta da 23h, mas foi retomada novamente às 0h30.

Anistia de PMs
Marco Prisco, presidente da Aspra e líder dos grevistas, disse em entrevista a emissoras locais de televisão que a anulação dos mandados de prisão dos 12 líderes do movimento é a principal reivindicação dos grevistas para por fim à paralisação.

"Tem uma pauta que tem que ser discutida primeiro, que é a questão da revogação das prisões. Sem a discussão dessa pauta, não há outra discussão. A pauta não é só a questão da GAP", disse. Com a revogação das prisões, o líder grevista garantiu que a greve será encerrada: “só basta revogar as prisões dos policiais militares honestos baianos. Revogando, (a greve) acaba agora".

Mas o secretário de comunicação Robinson Almeida relatou, também em entrevista a uma emissora local, que a revogação das prisões não depende do governo do Estado.

“Essa questão depende da Justiça, que determinou as prisões. O governo não tem como prorrogar a decisão da Justiça. Ainda tem 10 pessoas com mandado em aberto. Eles (os grevistas) devem pedir à Justiça a revisão da decisão judicial. As outras questões que dizem respeito ao governo já foram 100% atendidas”, afirmou.

PMs presos
Até a tarde desta quarta-feira (8), dois policiais que tiveram mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça a pedido do Ministério Público foram presos. Um dos líderes do movimento grevista, o sargento Elias Alves de Santana, dirigente da Aspol, foi preso na quarta-feira (7).

Também ontem, a Aspra teve um pedido de habeas-corpus de cinco integrantes negado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), entre eles o ex-policial Marcos Prisco.

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