sábado, 1 de outubro de 2011

Professor de direito que matou aluna pode ser impedido de advogar

O professor e advogado Rendrik Vieira Rodrigues, 35, que ontem matou a ex-namorada e ex-aluna Suênia Sousa Faria, 24, vai enfrentar processo ético-disciplinar e pode ser impedido de advogar, segundo nota divulgada neste sábado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Distrito Federal.
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"O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-DF instaurará na próxima segunda-feira processo ético-disciplinar contra o advogado Rendrik Vieira Rodrigues, por ser ele acusado do crime. Poderá vir a ser suspenso preventivamente e impedido de exercer a profissão", diz o texto.
Rodrigues foi demitido das duas instituições de ensino às quais era ligado. Tanto a UniCeub (Centro Universitário de Brasília), onde era professor de direito, quanto a Faculdade Projeção, onde era coordenador do curso de direito, informaram neste sábado que Rodrigues foi desligado dos seus quadros.
Na segunda-feira (3), as instituições entrarão em contato com a polícia para saber como notificar formalmente a demissão de um funcionário que está preso. Rodrigues matou Suênia com três tiros.
Especializado em direito do trabalho, gestão de negócios e direito civil, ele dava aulas na UniCEUB, onde a vítima cursava o 7º semestre do curso de direito. Quando Suênia terminou um relacionamento anterior, tiveram um namoro que durou cerca de um ano, segundo Alexandre Nogueira, delegado-chefe da 27ª delegacia.
Há cerca de três meses, no entanto, a vítima reatou com o ex-namorado e terminou o relacionamento com o professor, o que não foi bem recebido por ele. "Ele mandava mensagens ameaçadoras para a vítima, que chegou a trocar de celular para não ser mais importunada", afirmou Nogueira.
CRIME
Ontem, o professor abordou Suênia na saída da sua aula na faculdade, às 14h, e, armado com uma pistola.380, forçou a entrada no carro que a estudante dirigia. Ela chegou a ligar para o atual namorado, com a voz nervosa, dizendo que reataria o relacionamento com o professor.
Mas o namorado estranhou e registrou um boletim de ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia, na cidade-satélite de Taguatinga. Enquanto isso, dentro do carro, o professor e Suênia se desentenderam. Durante a discussão, ele deu dois tiros na cabeça e um no tórax da vítima.
Desorientado, o professor rodou por cerca de 40 minutos com Suênia já morta e resolveu se entregar à polícia. "Ele chegou e disse para o delegado de plantão que tinha atirado em uma pessoa. Ao ser questionado se a vítima tinha morrido, disse que ela estava dentro do carro. Suênia estava coberta com o paletó dele", disse Nogueira

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