sábado, 3 de setembro de 2011

Chinaglia: reajuste do Judiciário é inviável

Relator do orçamento ressaltou que aumento de salários, com impacto de 7,7 bilhões de reais, nos cofres públicos não é prioridade

Arlindo Chinaglia: “Neste momento, a prioridade é um orçamento equilibrado que ajude o Brasil a continuar crescendo”. Arlindo Chinaglia: “Neste momento, a prioridade é um orçamento equilibrado que ajude o Brasil a continuar crescendo”. (Diógenes Santos/Agência Câmarra)
O relator geral do Orçamento da União, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou, neste sábado, que o reajuste de salário do Poder Judiciário não é possível neste momento. “Se olhar a fotografia de hoje, não vejo a menor possibilidade. Não vieram propostas de ajuste do Legislativo nem do Executivo, então não existe a hipótese de pensar nisso só para um poder”, comentou, ao chegar ao Congresso do PT, em Brasília.
Nesta semana, o governo enviou para o Congresso Nacional o Projeto de Lei do Orçamento Geral da União (PLOA) e provocou um desgaste com o Judiciário por não incluir no texto o novo valor da remuneração dos servidores. Após reclamações dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a presidente recuou e enviou uma mensagem aos parlamentares com os reajustes pedidos - não sem criticar o pleito da magistratura. O impacto do aumento para os tribunais é 7,7 bilhões de reais.
Prioridades - De acordo com o relator, há outras prioridades a serem contempladas pelo orçamento. “Temos a lei Kandir, emendas parlamentares, recursos para a saúde e a agricultura. É uma miríade histórica de reivindicações”, comentou. “Neste momento, a prioridade é um orçamento equilibrado que ajude o Brasil a continuar crescendo”.
No mesmo evento em Brasília, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), preferiu colocar panos quentes no debate. “Teremos que dialogar para encontrar uma equação que atenda as demandas do setor e o equilíbrio fiscal diante da situação que o Brasil está vivendo”, afirmou. Para Maia, seria necessário criar uma política fixa de recuperação de salários de servidores, semelhante à data-base prevista em categorias privadas.

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