sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sargento da Rondesp executado dentro de apartamento é enterrado em Salvador

O PM foi morto com dois tiros dentro de seu apartamento, no Condomínio Arvoredo, no bairro de Tancredo Neves, na manhã de ontem.


Dezenas de membros das Polícia Militar, além de amigos e familiares, acompanharam o sepultamento do corpo do sargento Fábio Nascimento Cintra, de 36 anos, no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação, na manhã desta sexta-feira (11).
O PM foi morto com dois tiros dentro de seu apartamento, à beira da cama, no Condomínio Arvoredo, no bairro de Tancredo Neves, na manhã de ontem. Sua companheira, Cleide Souza Cintra, 36 anos, com quem era casado havia dois anos, estava no apartamento com o filho de 7 anos no momento do crime e é considerada pela polícia a principal suspeita do crime.
Em depoimento, a viúva apresentou três versões para o assassinato. “Primeiro ela disse que um homem subiu na grade do apartamento e rendeu ela e o filho, mandando  abrir a porta. Quando abriu, um outro homem teria invadido o imóvel”, contou o delegado Márcio Allan de Oliveira Assunção, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Em outra versão, Cleide disse que um homem entrou na casa pela porta da frente e invadiu o  quarto. “Depois ela disse que um homem entrou pela janela do apartamento e matou o policial. Mas, o imóvel tem grades”.

CulpaO delegado disse que a mulher de Fábio, que é filha de um coronel da reserva do Exército, ficará detida até que sejam concluídos os exames que vão indicar se foi ela que deflagrou os disparos. “Tudo leva a crer que as circunstâncias do crime aconteceram com as pessoas que estavam dentro do apartamento, o casal e a criança”, explicou.


Cleide Souza Cintra, 36 anos, mulher do sargento da Rondesp que foi morto a tiros dentro do próprio apartamento confessou nesta sexta-feira (12) ter cometido o crime. Em depoimento a Vinicius Brandão, delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Cleide contou que Fábio Nascimento Cintra a agredia.
Cleide disse que o marido a agredia constantemente e o relacionamento dos dois passava por uma fase difícil. Na manhã de ontem, segundo Cleide, depois que o marido se arrumou para trabalhar os dois discutiram. O PM teria ameaçado matar a mulher, chegando a apontar seu revólver calibre 38 para o pescoço de Cleide.
Segundo Cleide, o marido desistiu de atirar e colocou a arma em uma cômoda, passando a agredi-la fisicamente. Logo depois, a acusada conseguiu alcançar o revólver e durante um confronto com Cintra a arma acabou disparando. Baleado no abdômen, Cintra continuou tentando tomar a arma da esposa e o revólver disparou novamente, baleando o PM na cabeça. Segundo Cleide, os dois tiros foram acidentais e aconteceram durante uma briga pela arma.
Cleide disse que colocou Cintra na cama e tentou reanimá-lo, mas ele já estava sem vida.
Cleide foi encaminhada para a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e Adolescente (Dercca). O advogado da suspeita já se pronunciou e revelou que dará entrada na liberdade provisória e no pedido de habeas corpus.

Nesta manhã, dezenas de membros da Polícia Militar, além de amigos e familiares, acompanharam o sepultamento do corpo do sargento Fábio, de 36 anos, no lotado Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação.

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