segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

FORÇAS ARMADAS CERCAM A ASSEMBLEIA

ÀS 7H45, TIROS DE BORRACHA FORAM DISPARADOS CONTRA UM GRUPO DE MANIFESTANTES QUE AVANÇOU SOBRE O LOCAL ONDE SOLDADOS DO EXÉRCITO ESTAVAM POSICIONADOS. IMPRENSA FOI ASFATADA, RUAS FECHADAS E SITUAÇÃO É TENSA
Lonas, grades e mais de 600 homens das Forças Armadas já cercam a Assembleia Legislativa do Estado (AL), no Centro Administrativo de Salvador (CAB), onde mais de 300 homens e famílias dos policiais militares grevistas estão acampados desde o dia 31 de janeiro. A noite foi tensa, com a chance de uma possível invasão e a imprensa já foi retirada do local. Muitas crianças e mulheres estavam acampadas na manhã deste domingo na AL e fizeram um cordão de isolamento, quando a situação ficou mais crítica durante a madrugada.
As ruas do CAB estão fechadas. São três grandes avenidas que dão acesso ao Centro. Não param de chegar mais homens do Exército. Familiares dos manifestantes também se aglomeram na entrada bloqueada do CAB na espera de mais notícias. Já houve confusões, porque os familiares que estão do lado de fora da AL querem ultrapassar o bloqueio feito pelo Exército.
No começo da manhã foram ouvidos tiros, mas logo foi confirmado que as balas eram de borracha. Segundo informações do jornal Correio, às 7h45, tiros de borracha foram disparados contra um grupo de manifestantes que avançou sobre o local onde soldados do Exército estavam posicionados. Duas pessoas ficaram feridas, uma na barriga e outra no pé. Os feridos, segundo o Exército, eram familiares dos PMs grevistas que foram impedidos de retornar ao prédio da Assembleia com alimento, água e medicamentos para os manifestantes.
Dois homens armados, que estavam no interior do prédio, tentaram sair em direção ao cordão de isolamento do Exército. Um novo tiro de borracha foi disparado em direção ao chão e os homens retornaram para rampa da Assembleia.
Resistência
Parte da Polícia Militar (PM) também está no local e conta com 250 homens, entre 45 da Companhia de Operações Especiais (COE), integrantes da Caatinga e Esquadrão Águia, de acordo com o coronel Gilson Santiago, diretor adjunto de comunicação da PM.
Desde o começo da noite deste domingo, quando a AL começou na ser cercada, os manifestantes avisaram que iriam resistir pacificamente. Durante os dias de greve, Marco Prisco, líder do movimento, disse que só sairia depois que “a última gota de sangue fosse derramada”.
Cerca de 40 homens da “tropa de elite” da Polícia Federal (PF) já estão em Salvador desde ontem para cumprir os 11 mandados de prisão expedidos contra os manifestantes da PM. Eles também já estão no local.

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