sexta-feira, 24 de junho de 2011

PF investiga ataques de hackers a sites do governo

Planalto afirma que grupos não tiveram acesso a nenhum dado sigiloso.

A Polícia Federal está investigando os ataques de hackers feitos aos sites do governo, que começaram na última quarta-feira (22) e chegaram hoje ao terceiro dia seguido, em uma das maiores ações do tipo no país.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da PF, que não deu mais detalhes da investigação, pois ela acontece de maneira sigilosa.

Procurada para comentar a investigação, a assessoria de imprensa da Presidência da República afirmou que não iria se pronunciar sobre o assunto, mas destacou que os hackers não tiveram acesso a nenhum dado do governo. De acordo com a avaliação do Planalto, os hackers não foram bem-sucedidos.

Hoje, terceiro dia dos ataques, os hackers derrubaram as páginas do Ministério da Cultura e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ontem, já haviam ficado fora do ar os sites da Presidência da República (www.presidencia.gov.br), da Secretaria de Imprensa do Planalto (www.info.planalto.gov.br), do Ministério do Esporte (http://www.esporte.gov.br) e de 500 prefeituras. Desde quarta, ficaram indisponíveis também os sites da Receita Federal e da Petrobras.

Principal grupo envolvido nos ataques, o LulzSecBrazil é o braço brasileiro do grupo coletivo internacional Lulz Security, que vem ganhando notoriedade por ataques recentes aos servidores da CIA (agência de inteligência americana), do FBI (polícia federal americana), do serviço público de saúde britânico, o NHS, da empresa Sony e das TV americanas Fox e PBS.

Além dele, juntaram-se aos ataques, ontem, o Fatal Error Crew (nos sites das prefeituras) e, hoje, o “FIREH4CK3R”, no site do IBGE.

De acordo com o coordenador de comunicação social do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados, o órgão responsável pelos principais sistemas informáticos do governo federal), Carlos Marcos Torres, nenhum dos sites administrados pelo órgão sofreu invasão que pudesse expor dados sigilosos do governo ou de cidadãos.

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