sábado, 21 de maio de 2011

Chuvas: Buracos na cidade causam transtornos aos soteropolitanos

As sinaleiras eventualmente apagadas, por falta de energia ou problemas técnicos, ajuda para a formação do caos da mobilidade urbana.



Na chuva, o asfalto de Salvador se dissolve que nem sal. E o tempo que a prefeitura, em crise, precisa para dar jeito num buraco é o suficiente para outros tantos aparecerem. Basta dar um rápido passeio de carro pela cidade (rápido só nos momentos sem engarrafamento) para reparar a quantidade de novas crateras que apareceram depois de quase um mês de chuvas. Some-se a isso as sinaleiras eventualmente apagadas, por falta de energia ou problemas técnicos, e o  que se tem é o caos da mobilidade urbana.

Cratera no Cabula provoca caos no trânsitoEm dias normais, o trânsito na capital já é bastante complicado mas, quando chove, o motorista soteropolitano já sabe: se puder ficar em casa, fique, porque Salvador para.

A Secretaria de Transporte e Infraestrutura (Setin) garante que a crise da prefeitura não afetou a operação tapa-buraco e que ela continua a todo vapor, “24 horas por dia”, mas não é isso que se vê pela cidade. Os remendos feitos no asfalto na chuva passada já se desintegraram novamente, somando-se a novos buracos e bueiros abertos (ou tampados bem abaixo no nível do asfalto) que tomam conta da cidade inteira.

Eles estão em toda parte: na avenida Bonocô quase toda, vários trechos da Dorival Caymmi (Itapuã), na avenida Oceânica, perto do centro comercial Barra Center, no Dique do Tororó... E a lista continua! Foi neste último que o estudante de Direito Gabriel de Araújo Dias empenou as duas jantes do Ford Ka da namorada ontem.

“Por causa da chuva, o buraco estava empoçado e eu não vi. Passei com o pneu da frente e não deu tempo de frear, o de trás caiu também”, contou o estudante, que levava a namorada e mais duas amigas para a Faculdade Bahiana de Medicina, no Cabula. “Os pneus esvaziaram, até achei que tinham furado. As meninas tiveram que pegar um táxi pra aula, e eu fiquei lá, uns 45 minutos na chuva, tentando resolver com meu sogro, que veio socorrer, e um borracheiro”.

Gabriel contou ainda que, nesse meio tempo, viu mais dois carros furando o pneu no mesmo buraco. Não muito distante, um dia antes, a professora Magali Pinheiro Azevedo estourou o pneu dianteiro num buraco quase gêmeo, na avenida ACM, quando seguia para casa, após deixar o filho na escola. “Foi um sufoco. Arrastei o carro até o posto e o rapaz trocou pra mim”, contou.

Em nota, a Superintendência de Conservação e Obras Públicas de Salvador (Sucop) informou que o buraco da ACM já foi tapado. Mal sabe ela que uma nova cratera já se abriu na mesma rua, na faixa que dá acesso à avenida Paralela. E se a culpa é da chuva, é bom o motorista ir se preparando para mais prejuízos. Segundo a agência Climatempo, vai continuar chovendo, pelo menos até terça.
Buracos na Avenida Heitor Dias - Cidade Baixa, Rua Aristides Novis - Federação, Sete Portas, Gabriel Dias teve duas jantes empenadas e Buraco no Dique do Tororó

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