terça-feira, 26 de abril de 2011

Hugo Chávez acusa Otan de querer matar Kadhafi em ataques na Síria

O presidente venezuelano Hugo Chávez pediu novamente nesta terça-feira (26) que uma solução política seja encontrada para o conflito líbio e acusou a comunidade internacional de querer matar o líder Muammar Kadhafi, a quem chamou de "amigo", embora "não esteja de acordo com ele em tudo".
"Vocês sabem que Kadhafi é nosso amigo, mas isto não tem nada a ver com amizade. Quem tem direito de jogar bombas assim? Estão procurando Kadhafi para matá-lo", assegurou Chávez, presente em uma reunião de ministros das Relações Exteriores latino-americanos e caribenhos em Caracas.fala à imprensa durante encontro de ministros de relações exteriores em Caracas
"Não estamos de acordo com tudo o que Kadhafi faz ou fez, mas quem pode assumir o direito de jogar bombas todas as madrugadas? Elas caem em um centro comercial, em um hospital, em uma universidade. Tudo isso para conseguir a queda de um regime", acrescentou o mandatário.
Delegação líbia
Segundo Chávez, uma delegação de autoridades líbias está na Venezuela para discutir uma solução pacífica para o conflito no país do norte da África.
Principal aliado de Kadhafi na América Latina, ele voltou a defender sua ideia de enviar uma comissão internacional de paz para realizar a mediação desse conflito interno, proposta lançada há semanas e que teve pouco apoio internacional.
"Estamos fazendo um modesto esforço para chegarmos a uma saída política para este problema", disse.
Na opinião de Chávez, a intervenção estrangeira na Líbia, iniciada em março, pretende apenas "apoderar-se de seu petróleo".
Segundo a Otan, os bombardeios na Líbia pretendem proteger a população civil sem impor uma mudança de regime. Até o momento, Kadhafi, no poder desde 1969, continua combatendo os rebeldes que se opõem ao seu regime.

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