domingo, 24 de abril de 2011

Mulheres de Pms radicalizam e provocam fechamento de batalhões em Rondônia

O governador Confúcio Moura (PMDB) se reuniu segunda-feira (18) com representantes de policiais militares para avaliar a pauta de reivindicações composta por 18 ítens propondo melhorias, desde reajuste, a desconto nas alimentações e fardamento. Após horas de negociação com representantes do governo que relutaram em atender as reivindicações propostas na pauta, as esposas dos policiais militares decidiram radicalizar. Deslocaram-se para as unidades policiais e iniciaram a “operação esvaziamento de pneus”. Muitos foram cortados, como aconteceu com seis viaturas estacionadas em frente a sede da Unisp na avenida Amazonas com Guaporé, antigo 5º DP. A presença de jornalistas não intimidaram as ações das mulheres que se mantiveram irredutíveis em recuar da decisão tomada. Já no 1º BPM a tropa mostrou-se unida ao não permitir que policiais da Companhia de Operações Especiais retirassem do quartel, quinze (15) viaturas para realizarem o policiamento. Os militares fecharam os portões do 1º BPM, e montaram uma guarda permanente afim de não serem surpreendido por táticas militares, as quais dominam muito bem.

Na manhã de terça-feira (19), o governador voltou a declarar que não será possível atender os 8 itens restantes da pauta de reivindicações da Associação dos Familiares dos Praças da Polícia Militar – Assfapom, por, segundo eles, não haver embasamento legal. A não ser, segundo ele, “que mudem a Constituição”. Confúcio garante, que após a Semana Santa, quando a maioria dos secretários estiverem de volta do Rio de Janeiro, poderá sentar com todos os representantes de categorias de servidores públicos e apresentar o quadro orçamentário e financeiro de Rondônia. Em seguida, prometeu estudar os planos de carreira e salários do funcionalismo e até agosto encaminhar os projetos a Assembléia Legislativa. Por enquanto, só os 6% linearmente é que poderão ser concedidos a todos os trabalhadores do serviço público.

Já secretário de Segurança, Marcelo Bessa, anunciou reforço no policiamento ostensivo em Porto Velho com 85 agentes da Força de Segurança Nacional, 120 policiais civis e o emprego de PMs que não aderiram ao movimento. Segundo ele, apesar de negociar com os grevistas, o Governo não reconhece a legitimidade da Assfapom. As outras entidades de classe da PM, segundo ele,
concordam com os pontos discutidos e atendidos pelo governador. Paralelo a essas ações, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) está ingressando com medida jurídica questionando a legitimidade da paralisação dos PMs. “A sociedade pode ficar despreocupada porque todas as providências estão sendo tomadas”, garantiu o secretário.

Por outro lado, Confúcio Moura fez um apelo aos sindicatos que tenham paciência porque greve só traz desgaste ao Governo e a própria categoria dos servidores. Segundo o comandante da PM, Paulo Cesar Figueiredo, 120 homens estão parados, mas não representa a maioria da força policial. Sobre os 40% de aumento, nova reivindicação da entidade que comanda a greve, Confúcio diz desconhecer. “É assunto novo para mim, mas se for possível, dentro da legalidade, orçamento disponível podemos até conceder as reivindicações”, asseverou, alegando que no momento só é possível liberar 6%.

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