quinta-feira, 7 de abril de 2011

O RIO DE JANEIRO ESTÁ DE LUTO

A TRAGÉDIA

O Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Mário Sérgio Duarte, avaliou que a tragédia poderia ter sido maior caso não ocorresse a ação dos policiais militares que cessaram a atividade do atirador.


Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, brasileiro, desempregado, tímido, introvertido, apático, respeitador, anti-social, cerca das 08:30 horas acessou na manhã desta quinta-feira, 07/04/2011,  a Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, se identificando como ex-aluno e momentos após iniciou uma série de disparos com revólver contra crianças e adolescentes que estavam nas salas de aula, matando e ferindo alunos que estudavam no primeiro e segundo andar da escola e somente foi contido de acessar o terceiro andar do prédio da escola e matar outros alunos porque uma dupla de policiais militares ouviram os disparos quando faziam patrulhamento nas proximidades e adentraram no estabelecimento de ensino e alcançaram o atirador quando já municiava outra vez a arma e, ao receber voz de prisão e ser atingido por um disparo do policial, apontou a arma contra a própria cabeça e suicidou-se.
ANTECEDENTES DA TRAGÉDIA
Em agosto do ano passado, Wellington Menezes de Oliveira foi demitido da fábrica de alimentos embutidos onde trabalhava há dois anos e meio. O motivo, segundo a administração da empresa, foi uma queda repentina de rendimento no trabalho. "Houve uma mudança de comportamento e queda de produtividade. Ele não estava atendendo às demandas que lhe eram repassadas e nas conversas com os superiores demonstrava desinteresse pelo que fazia”, diz um dos administradores da fábrica que pediu para que seu nome não fosse divulgado.

Segundo seus chefes, Wellington sempre foi uma pessoa extremamente fechada e introvertida, mas nunca deu sinais de que poderia cometer uma barbaridade. “Para a gente aquilo era só timidez. Quando houve a queda de produtividade ele demonstrava apatia mas em momento algum houve qualquer sinal de rebeldia. O Wellington sempre demonstrou respeito”, disse o superior.
De acordo com ele, as mudanças de comportamento começaram na segunda metade do ano passado. Oliveira simplesmente ignorava os pedidos dos chefes. Embora tivesse o segundo grau completo, o atirador nunca passou do estágio de auxiliar, o mais baixo na hierarquia da empresa. Começou como auxiliar de serviços gerais e depois de quase dois anos do transferido para o almoxarifado. "Depois que ele passou a desempenhar uma função que exigia mais contato com pessoas houve uma queda de rendimento", disse o superior. Sua função era atender pedidos dos operadores das máquinas, pegar peças de reposição.
no estoque e entregá-las ao responsável pela demanda. A remuneração era de pouco mais de um salário mínimo (R$ 545) por mês.
Em entrevista à rádio Band News, do Rio de Janeiro, Rosilaine, irmã adotiva de Wellington Menezes de Oliveira disse que o atirador estudou na referida escola, morava sozinho em Sepetiba, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, não tinha amigos, vivia na frente do computador e que andava “estranho”, “com a barba muito grande”.
 Rosilaine, contou à rádio que o rapaz foi adotado pelos pais dela quando nasceu, que a mãe morreu há dois anos e que Wellington deixou a casa há oito meses.

A última vez que viu Wellington, diz Rosilaine, foi em outubro de 2010, durante as eleições: “Na época da votação, ele veio aqui e a gente achou ele estranho, ele estava com a barba muito grande”, contou ela. A irmã disse que ele “falava negócio de besteira, negócio de muçulmano. Essas coisas assim”, mas ela não sabe dizer se ele freqüentava ou não alguma mesquita. “Minha mãe era Testemunha de Jeová e ele não seguiu a religião dela. Ele saiu fora. É só o que eu posso passar”, afirmou.
A irmã adotiva fez um breve perfil do criminoso, dizendo que “ele não era de sair, ele só vivia no computador. Ele não tinha amigos, só se for pela internet. E ele era muito estranho, muito


CONSEQUÊNCIAS IRREPARÁVEIS  VIDAS CEIFADAS E VIDAS MARCADAS
Até às 20:00 horas haviam 12 alunas e um aluno mortos e mais de 25 feridos em conseqüência dos disparos do falso palestrante e do tumulto provocado no momento que os cerca de 400 alunos tentavam sair correndo pelos corredores da escola em direção da rua. Inicialmente ouve muita gritaria e os professores trancaram as portas das salas para proteger os alunos, fazendo barricadas com as mesas e cadeiras pressionando a porta da sala para impedir a entrada do atirador.

Mais de 350 crianças e adolescentes foram salvas da morte e de lesões corporais, mas as seqüelas dessa tragédia atingirão milhares de familiares de alunos, professores e funcionários  da Escola Municipal Tasso da Silveira.


UMA INTERVENÇÃO SANEADORA EVITA UMA TRAGÉDIA MAIOR
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 400 alunos do Ensino Fundamental com idades entre 9 e 14 anos estudam na escola municipal no turno da manhã.
O Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Mário Sérgio Duarte, avaliou que a tragédia poderia ter sido maior caso não ocorresse a ação dos policiais militares que cessaram a atividade do atirador.

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